quinta-feira, 3 de junho de 2010

Apoio à luta dos trabalhadores da USP, UNESP e UNICAMP e dos estudantes da UNESP de Marília

A luta dos trabalhadores da USP, UNESP e UNICAMP pela restauração da isonomia salarial entre trabalhadores e professores, se configura em uma das mais importantes disputas com as reitorias nos últimos anos. A questão em jogo não é mais 0,5% ou mais 6% de aumento, mas de impedir que a partir da quebra da isonomia salarial, que o CRUESP avance ainda mais com sua política de precarizção de grande parte das três universidades, que são os setores de produção de ciência base como é o caso da maioria das faculdades de humanas e dos cursos de licenciatura, concentrando os investimentos da universidade nos chamados centros de excelência de produção tecnologia, que estariam voltados aos interesses das “necessidades do país”, entenda-se as grandes empresas, latifúndios e bancos dos monopólios nacionais e internacionais.

O CRUESP a partir do mecanismo de reajuste salarial com a quebra da isonomia poderá reajustar os salários apenas dos setores ditos com “maior produtividade” dos professores e trabalhadores, assim como conceder aumentos significativos a setores que historicamente tem dificuldades para se mobilizar, no sentido de deslegitimar a luta pelo aumento salarial do conjunto da categoria, referendando esses ataques como uma questão de “mérito”, política essa que o PSDB e Serra sobre orquestrar muito bem aos professores da rede pública de ensino do estado de São Paulo e que Lula como o PT parecem ter aprendido muito bem a lição, ampliando essa política a nível nacional.

A luta pela a precarização cada vez maior da universidade combinado com a preservação de alguns poucos centros de excelência foi à marca de Serra desde seu primeiro dia de mandato com a promulgação dos decretos e a criação da secretaria do ensino superior, e que uma vez parcialmente derrotado pela força do movimento em 2007 vem tentando sistematicamente garantir a partir de outros mecanismos que sua política seja garantida, assim foi à criação da UNIVESP, como também a formulação do PDI para UNESP, a repressão a diversos ativistas do movimento estudantil e aos trabalhadores como na demissão política de Brandão na USP no final de 2008 ou a recente sentença de 15 dias de suspensão aos estudantes dos Centros Acadêmicos de Sociais, Pedagogia e Economia, como de disciplinar trabalhadores e estudantes, a quebra da contratação automática de professores na USP, e agora, o ataque sobre a isonomia salarial.

Apoiamos ativamente a greve dos trabalhadores da USP, UNESP e UNICAMP na luta pela restituição da isonomia, a defesa da permanência estudantil e pelo fim da repressão. Onde na USP o REItor Rodas no intuito de intimidar os trabalhadores no dia 04 de Maio – UM DIA ANTES DOS TRABALHADORES VOTAREM GREVE! – divulgou uma liminar que não reconhece o direito de greve dos trabalhadores e que coloca uma multa de 1 mil reais por dia de greve ao SINTUSP e os dias parados dos trabalhadores serão descontados, o chamado corte de ponto, uma ofensiva direta por parte da Reitoria ao direito de greve dos trabalhadores.
Solidarizamos- nos e apoiamos também o exemplo que nos dá os estudantes de Ciências Sociais e Filosofia da UNESP de Marília também em greve em solidariedade a luta dos trabalhadores, e contra a terceirização de seu RU no período noturno. Mais uma vez os estudantes de Marília nos mostram que para consigamos nossas reivindicações, precisamos nos aliar aos trabalhadores, e que as conquistas dos estudantes como foi à abertura do RU no período noturno não pode significar um ataque aos trabalhadores. O RU faz parte das política de permanência estudantil e como tal deve ser garantido sua abertura no período noturno para garantir a alimentação dos estudantes, assim como cabe a Diretoria da FFC/Marilia garantir que todos que não tenham condição, tenham auxilio alimentação integral, ou seja, que direito de almoçar e jantar desses estudantes no restaurante seja subsidiado pela Diretoria.

Nesse sentido que chamamos a todos os estudantes da USP, UNESP e UNICAMP, assim como aos estudantes que constroem a ANE-L, e também aos que lutam dentro da UNE contra a burocracia ligado aos governos do PT e PCdoB, a levantarmos uma grande campanha em solidariedade a luta nas Estaduais Paulistas e pelo fora esse bando de reitores, que não passam de cães adestrados do governo.

Todo Apoio a Greve dos Trabalhadores da USP, UNESP e UNICAMP e aos estudantes da UNESP de Marília!

Fim dos processos contra trabalhadores e estudantes!

Readmissão imediata de Brandão!

Contra o corte de ponto e pelo direito de greve dos trabalhadores da USP!

Contra a terceirização, pela incorporação de todos os trabalhadores/ as terceirizados/ as da Universidade, sem concurso!

Contra o PDI!

Fora Rodas, Herman e Cruesp!

Por uma universidade pública, gratuita e de qualidade para e à serviço dos trabalhadores e da população!

Centro Acadêmico Florestan Fernandes - Unesp Arararaquara

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